26 de junho de 2012

Platão em Roma


Platônicos são os amores impossíveis que iludem com a sua possibilidade. Eles deixam doentes pensando e pensando... No quê? Só em desejos. Desses que irritam, porque não podem ser verbalizados. Proibido! Até tento me censurar. Mas a mente é livre de amarras e logo caio novamente no erro.

Dá vontade de desviar o assunto em pauta. Quem sabe ler um livro de cabeceira, ou assistir ao jornal nacional, que até então não interessava nem um pouco? E aí, antes de um período aceitável, já estou através. Fico atravessada em um abismo sem cair, porque existem duas pontas de sanidade segurando. Apesar da aparente segurança, não me acomodo. Um simples sopro, um desvio, pode fazer despencar.
Antes que perceba, apronto logo uma besteira. Declaro o absurdo. Mas absurdo mesmo seria não falar e ficar presa. Porém, choro e choro... Afundo-me em lágrimas de chocolate. E aí me afogo. No entanto, um dia um amor novo chega para jogar um novo colete salva vidas. Me convencer disso? Só com outra dose de Platão.

0 comentários:

Postar um comentário